Autor Tópico: Empresas portuguesas têm de combater aversão ao risco e reencontrar visão dos de  (Lida 212 vezes)

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Empresas portuguesas têm de combater aversão ao risco e reencontrar visão dos descobrimentos :windows:




:sinopse:

A visão é de Mário Moreira, especialista em Agile, que foi um dos oradores do primeiro SCRUMDay realizado em Portugal. A iniciativa dá a conhecer as abordagens Agile e Lean, onde se promove uma filosofia de adaptação continua para acelerar a capacidade das organizações para reagir à mudança. Como fizeram os portugueses no tempo das descobertas.

Autor de um livro sobre a adoção de metodologias ágeis, de um blog e com um largo currículo neste domínio, o especialista defende que as empresas portuguesas têm de alterar a sua cultura de aversão ao risco e melhorar estratégias de adaptação às constantes transformações do mercado, para maximizarem as oportunidades de sucesso num cenário de concorrência global. E isso é ser a Ágil, um conceito que integra um conjunto de metodologias de desenvolvimento de software, que Mário Moreira hoje veio a Lisboa ajudar a divulgar e a demonstrar, num evento que durante a manhã teve apresentações e à tarde juntou os participantes num think thank.

 “A determinada altura da história os portugueses foram os maiores exploradores do mundo e isso aconteceu porque estávamos orientados para isso. Não fomos apenas para a Índia como todos os outros”, sublinha. “Decidimos correr alguns riscos, tentar algo novo com a consciência de que nos podia trazer grandes benefícios. Precisamos de recuperar esse mindset”, acrescenta Mário Moreira.

Para lá chegar é precisar contornar a cultura de aversão ao risco que carateriza os portugueses, até porque “o mercado é cada vez mais competitivo e os clientes estão a exigir mudanças todos os dias”, destaca o responsável, considerando que as empresas – em Portugal e no mundo – têm cada vez mais de estar preparadas para enfrentar essas mudanças, tentando antecipá-las, e isso faz-se sendo ágil.

O método dá flexibilidade às organizações para se irem adaptando a novos inputs no decurso dos projetos e promove o envolvimento de vários atores, como o cliente. O Scrum cabe nesse universo, como framework para organização e gestão de processos complexos. É uma alternativa aos modelos tradicionais, que se guiam por um orçamento, um deadline e uma cadeia de decisão rígida, a par de um conjunto de premissas iniciais que se mantêm ao longo do projeto.

Mário Moreira defende que num mercado dominado por pequenas e médias empresas, como o português, a filosofia Agile faz ainda mais sentido, porque são as empresas mais pequenas quem sente maior pressão para responder na hora certa às exigências do mercado e dos seus clientes. Têm menos margem para falhar, em termos de recursos, e muita concorrência.