A história do rock planetário não seria a mesma sem a presença marcada pelos Police na década de 80: uma banda inglesa que marcou em definitivo o caminho nos géneros mais arriscados, ao construir criações entre uma categoria híbrida com raízes no punk da época, e um rock'n'roll que foi depois mainstream. Andy Summers, Stewart Copeland e Sting juntaram o talento e iniciaram as operações em 1977.
Um clube de jazz londrino foi o local de encontro entre Copeland, já com a experiência de uma banda de nome Last Exit, e o professor Gordon Summer. A coordenação entre os dois foi o bastante para começarem a tocar em alguns pubs de Londres, tendo o guitarrista Henry Pandovani completado o trio. O primeiro single dos Police, "Fall Out", foi lançado ainda em 77, e vendeu um número bastante razoável de cópias, perto de setenta mil. A banda viu-se então catalogada junto dos colectivos punk, mas nunca se integrou devidamente na categoria. As dificuldades de adaptação clara ao movimento então em explosão em Inglaterra vieram não só da própria imagem da banda, como também da formação musical de Sting (Gordon Summer) e de Stewart.
A assinatura do necessário contrato com uma editora, no caso a A&M Records, materializou-se no ano seguinte. A entrada de Andy Summers para o lugar de Pandovani confirmou-se ainda antes da assinatura do contrato. O experiente Summers veio trazer novas possibilidades criativas a um trio até então cingido a ritmos simples de guitarra. O início do ano conheceu a edição de um dos primeiros clássicos do agrupamento inglês, "Roxanne", que não teve, contudo, os resultados esperados. A operação seguinte revelou o carácter dos Police. A banda partiu para os Estados Unidos em digressão, fazendo concertos com instrumentos alugados e viajando numa carrinha também alugada. "Outlandos D'Amour", o álbum editado no final do ano, trouxe finalmente um pouco do êxito esperado. O single "So Lonely" e, mais tarde, uma reedição de "Roxanne", ajudaram à subida do longa duração até ao sexto lugar da tabela britânica. Os Police pareciam ter por fim encontrado a rota do sucesso.
O segundo conjunto de originais, lançado no final de 79, mostrou então, e devidamente, as potencialidades do agrupamento. "Regatta de Blanc" subiu aos lugares cimeiros do top inglês e confirmou os Police como uma banda destinada ao triunfo. A conquista da América veio, no entanto, só no ano seguinte e com o terceiro álbum, "Zenyatta Mondatta". O disco escalou o top americano e instalou-se no primeiro lugar da tabela britânica durante um mês. Foi a vez de outros temas, agora clássicos, serem editados em single, como "Don't Stand So Close to Me" ou " De Do Do Do, De Da Da Da". Os singles projectaram mais ainda o êxito dos Police e, no início de 1981, a banda entrou novamente em estúdio para gravar o seu quarto longa duração. "Ghost In The Machine" repetiu a dose triunfal do registo anterior, chegando ao primeiro lugar da tabela inglesa e originando outro tema clássico "Every Little Thing She Does Is Magic".
Os Police eram em definitivo uma banda maior a nível mundial, e o estatuto e obra produzida valer-lhes-iam três Grammys ainda em 81.
O ano de 82 foi de paragem para o agrupamento inglês, proporcionando o seguimento dos projectos a solo de Sting, que participou em mais um filme, na altura "Brimstone and Treacle"; de Copeland, que compôs a banda sonora do filme "Rumble Fish" de Coppola;, e de Summers, que editou um disco instrumental em conjunto com Robert Fripp. "Synchronicity", lançado em 83, foi mais um disco vencedor. O single "Every Breath You Take" esteve dois meses em primeiro lugar no top americano e um mês na tabela britânica. A digressão mundial feita em seguida levou aos palcos a música universal dos Police. Um novo hiato nas actividades, por decisão colectiva, foi depois concretizado. Mas, o que é certo é que os Police não mais voltaram a juntar-se. As carreiras a solo dos três elementos pareceram sobrepor-se à continuidade do colectivo, para além dos conflitos surgidos no decorrer da digressão terem justificado mais ainda a decisão tomada. Passados três anos, os Police fizeram uma nova tentativa de reunião, da qual desistiram pouco tempo depois, só voltando mesmo a tocar juntos em 92, na ocasião proporcionada pelo casamento de Sting. O lançamento da colectânea "Greatest Hits" contou-se como o fim em definitivo das actividades dos Police, originando o crescendo das carreiras a solo dos seus três membros, sobretudo a de Sting.
Onze anos depois, em 2003, o trio entra no Rock and Roll Hall of Fame, ocasião que marcou novo concerto dos Police, desta vez com a ajuda de Steven Tyler e Gwen Stefani. Um ano depois ficam no 70º lugar na lista dos Melhores Artistas de sempre segundo a Rolling Stone.
Em 2006, o baterista Stewart Copeland lança o rockumentário "Everyone Stares: The Police Inside Out", baseado nas suas muitas filmagens em Super 8, um ano antes de surgirem os rumores de uma possível digressão de reunião, para marcar o 30º aniversário do primeiro single 'Roxanne'. O trio abre a cerimónia dos Grammys em Fevereiro de 2007 anunciando «Somos os Police e estamos de volta!». A Reunion Tour começa em Vancouver (Canadá) a 28 de Maio e continua na estrada até Agosto de 2008, naquela que foi a terceira tournée mais lucrativa de sempre. A reunião é também pretexto para nova passagem em Portugal, a 25 de Setembro de 2007.
O trio anuncia que depois do tour chega a separação definitiva e a anteceder o último concerto da digressão, no Madison Square Garden de Nova Iorque, é anunciado o lançamento de um disco ao vivo. "Certifiable: Live in Buenos Aires", chega às lojas em Novembro de 2008, contendo o registo de um concerto da banda na capital argentina no final de 2007.
Discografia:
Álbuns de estúdio:
Novembro de 1978 Outlandos d'Amour
Outubro de 1979 Reggatta de Blanc
Outubro de 1980 Zenyattà Mondatta
Outubro de 1981 Ghost in the Machine
Junho de 1983 Synchronicity
Álbuns ao vivo:
Junho de 1995 Live!
Novembro de 2008 Certifiable: Live in Buenos Aires
Coletâneas:
Outubro de 1986 Every Breath You Take: The Singles
Setembro de 1993 Message in a Box: The Complete Recordings
Setembro de 1995 Every Breath You Take: The Classics
Setembro de 1996 Greatest Hits
Novembro de 1997 The Very Best of Sting & The Police
Fevereiro de 2002 The Very Best of Sting & The Police (relançamento)
Junho de 2007 The Police