Resistência - Palavras Ao Vento (1991) *fraty*Interprete : Resistencia
Album : Palavras ao vento
Ano : 1991
Género : Intervenção\Pop
Ficheiros : 10
Codificação : MP3
Velocidade de bits : 320
Qualidade : Boa
Extras : Sim
01 - Nasce Selvagem
02 - Não Sou O Único
03 - Marcha Dos Desalinhados
04 - Nunca Mais
05 - Só No Mar
06 - Liberdade
07 - Aquele Inverno
08 - No Meu Quarto
09 - Fado
10 - Circo De Feras
Um dos projectos maiores da musica nacional....e com LETRA GRANDE.
Agradecer à enciclopédia da musica ligeira portuguesa pelo texto e agradecer tambem aos seus autores,Luis Pinheiro de Almeida e ao João Pinheiro de Almeida.1 abraço a ambos.
Em 1990, no concerto de passagem do ano, juntam-se no Terreiro do Paço os All Stars, um ensemble onde estão Tim, Miguel Ângelo, Pedro Ayres e ainda Fernando Cunha, guitarrista dos Delfins. Os mesmos quatro músicos surgem reunidos para um concerto acústico no Rossio, que constitui efectivamente a "proto Resistência". No ano seguinte, o primeiro álbum da Resistência está na rua, com o selo BMG. Esta editora e a EMI dividem as edições do grupo, estabelecendo um contrato comum para a edição de quatro álbuns. Chama-se "Palavras ao Vento" e apresenta uma formação composta por Pedro, Ayres, Tim, Miguel Angelo, Olavo Bilac e Fernando Cunha, um núcleo duro ao qual se junta uma "mão cheia" de músicos de primeira àgua: Alexandre Frazão e José Salgueiro (bateria e percussões), Fredo Mergner e Rui Luís Pereira (Dudas), nas guitarras, Fernando Júdice no baixo. Músicos com passagem por inúmeros projectos na área do jazz, como o Ficções, de Dudas e Frazão, ao ressuscitar da secção rítmica dos Trovante, cujos membros, Júdice e Salgueiro, também já tinham andado por outras paragens, desde os projectos de José Peixoto ao grupo de Maria João, no caso de José Salgueiro. As vozes principais dos Xutos e dos Delfins, juntava-se o então desconhecido Olavo Bilac (os Santos & Pecadores já existiam mas ainda não tinham gravado). Com Cunha, Pedro Ayres e Tim, eram seis guitarras acústicas a apoiar três vozes principais e a trabalhar com uma secção rítmica capaz de funcionar neste registo. «Nasce Selvagem», dos Delfins ou «Não Sou o Unico», dos Xutos, renascem na Resistência. O alinhamento de Palavras ao Vento, integrava ainda «Marcha dos Desalinhados», «Nunca Mais», «Aquele Inverno», «Liberdade», «No Meu Quarto» e «Circo de Feras». O primeiro concerto tem lugar no São Luís, em Lisboa, ainda antes do lançamento do álbum. Em 1992, a digressão de Palavras ao Vento, que será duplo Disco de Platina, comprova a qualidade do projecto. A Resistência introduz de facto uma nova atitude e marca, efectivamente, os primeiros anos da década. Canções acústicas e imediatas, o sentimento de grupo e de comunidade representado pela reunião de nomes diferentes, a magia directa da mais elementar das fórmulas: vozes e guitarras. Pedro Ayres (e, neste caso, Femando Cunha, o outro criador do projecto, que envolvia ainda o produtor Jonathan Miller) acertara na mouche, pela terceira vez, após os Heróis e os Madredeus. Rui Monteiro, director do Blitz, define a Resistência como a união nacional da canção portuguesa.