Autor Tópico: [Humor] Carta de Amor de um Químico  (Lida 364 vezes)

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emef44

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[Humor] Carta de Amor de um Químico
« em: 22 de Agosto de 2012, 20:19 »


        Ouro Preto, zinco de agosto de 1978.

            Querida Valência:

            Sinto que estrôncio  perdidamente apaixonado por ti. Ao deitar-me, quando descálcio meus sapatos, mercúrio no silício da noite, reflito e vejo que sinto sódio. Então, desesperadamente, chouro.
            Sem ti, Valência, minha vida é um inferro. Ao pensar que tudo começou com um arsênio de mão, cloro de vergonha. Sabismuto bem que te amo, embora não o digas, sei que gostas de um tal de Hélio e também do Hidro-Eugênio. De antimônio posso assegurar-te que não sal nenhum érbio e que trabário para viver. Oxigênio cruel tu tens, Valência! Não permetais que eu cometa algo errádio.
            Por que me fazer sofrer tanto assim, sabendo que tu és a luz que me alumina? Meu caso é cério, mas não ácido razão para um escândio social.
            Eu soube que a Inês contou que te embromo com esse namouro. Manganês, deixa de onda e não acredita niquela disser, pois sabes que nunca agi de modo estanho contigo. Aliás, se não tiveres arranjado outro argôniomento, procura um Avogadro e me metais na cadeia. Lembra-te, porém, que não me sais do pensamento.
            Abrácidos comovidros deste que muito te ama.

     Magnésio



« Última modificação: 23 de Agosto de 2012, 12:52 por emef44 »